18 de julho de 2024
O que é a diástase e como tratá-la?
A diástase dos músculos retos abdominais é uma condição caracterizada por um afastamento dos ventres dos músculos retos abdominais na linha média, sendo extremamente comum em pacientes que passaram por uma ou mais gestações ou que sofrem grandes variações no seu peso.
Diversas são as possíveis consequências de uma diástase, englobando problemas estéticos e funcionais. Os problemas estéticos incluem abaulamento da parede abdominal, alargamento da cicatriz umbilical, perda da definição da cintura e estrias transversais, principalmente na região imediatamente acima do umbigo. Já alguns problemas funcionais relatados pelas paciente são dores na região lombar da coluna, incontinência urinária, dispareunia (dor durante a relação sexual), dificuldade durantes exercícios do abdome, entre outros. Evidentemente que a apresentação clínica de um quadro de diástase é extremamente variável, sendo que a sua correção, não implica necessariamente a resolução dos problemas listados.
Muitas pacientes que comparecem ao meu consultório possuem a crença de que a diástase pode ser corrigida apenas através de uma abdominoplastia, resultado em grandes cicatrizes na região inferior do abdome. Na verdade, hoje, com a evolução das cirurgias de contorno corporal e com advento de tecnologias de retração de pele (como Renuvion e Morpheus), a diástase pode, sim, ser tratada através da abdominoplastia naquelas pacientes que possem grande excedente de pele, mas em pacientes que possuem pouco ou nenhum excesso de pele existe a possibilidade de abordagem através da mini-abdominoplastia (em que apenas a cicatriz de uma cesárea é aberta) ou através da MILA (abdominoplastia minimamente invasiva), indicada para aquelas pacientes que não possuem muita flacidez e que não possuem uma cicatriz de cesárea prévia.
Mas fica ainda uma pergunta: vale a pena tratar a diástase em todas as pacientes? Depende muito de alguns fatores. Primeiramente, deve-se considerar o tamanho da diástase, sendo que, no caso de grandes diástases (superiores a 3cm), está indicado o tratamento. Por outro lado, naquelas pacientes em que a diástase é pequena, deve-se discutir cada caso individualmente, considerando-se os possíveis benefícios na melhora da definição da cintura e do abdome.
Por fim, o que é importante entender sobre este tema é que a diástase é muito comum, de fácil tratamento, e de forma alguma precisa estar vinculada à realização de uma abdominoplastia. Desse modo, você pode conquistar o corpo dos seus sonhos com uma cicatriz pequena (do tamanho da cesárea) ou mesmo sem cicatrizes!